Thursday, January 7, 2010

Charco da vida caída


Nas franjas do meu Fado
quis ser Severa
e Guitarra
dedilhada pelas tascas do Bairro Alto.

Fui a voz desigual
que rezou
e ousou cantar fervor
tristeza
ciúme
dor
e pecado.

Fui a alma dos versos
o refúgio de mim dentro
o desejo de todos
nas cordas por mim cantadas.

Sou as franjas do meu Fado
destino que me acolhe traçado.

"O caminho faz-se caminhando"
e eu cheguei aqui...
ao sítio sem nome
mas, onde sou...feliz!

Praia da Memória
26 de Dezembro de 2009

1 comment:

Nuno said...

O regresso demorou, mas valeu a pena esperar. A terceira estrofe é das minhas preferidas neste blog.

Bem-vinda de volta :)