Thursday, August 30, 2007


Picuices, amuos e vinganças


Que se engane quem pensa que algumas atitudes e comportamentos morrem na infância...o mundo adulto e empresarial está cheio de crianças grandes cuja maturidade está longe de chegar...competições desleais, “armários” mal-fechados, assuntos misturados, confusões desnecessárias...


Porquê?


Dá que pensar...e as respostas são diversas...pessoas mal-amadas, ressabiadas, divididas, retalhadas, frustradas, ansiosas, stressadas...feias!


As pessoas estão a deixar de ser gente...que fala, partilha, convive, dança, canta, “pula e avança como bola colorida”...sim, “nas mãos de uma criança”...porque as crianças, cheguei eu à conclusão, são mais adultas que a gente crescida...são frontais, honestas, puras e resolvem as coisas na hora...não há picuices, amuos, nem vinganças...será com elas que os “grandes profissionais” de hoje e amanhã terão de aprender a viver?


Sim, porque as pessoas não vivem...no meio de tanta pressão e má índole...sobrevivem!
Se ao menos conseguissem comportar-se como verdadeiras crianças...

Thursday, August 16, 2007

A Severa e o Sr. Fado





Encontraram-se no passeio da casa da música.
Primeiro, as senhoras ( assim manda a etiqueta!)...cantou e encantou...menina-mulher, menina e moça...
De mulher, a garra e a atitude, as entranhas a respirar e transpirar fado do povo, da alma da gente...
De menina, o encanto, a simpatia e a humildade.
Falo de Raquel Tavares e Carlos do Carmo...foram a primeira e segunda parte de uma noite dedicada ao fado, nos arredores da casa da música, sob o olhar atento e circusnpecto das gaivotas, os telhados do velho casario, numa fria noite de Agosto...calor, só o do povo que se juntou para beber um café de fado, guitarradas e letras de Julio Pomar, Alfredo Marceneiro, Jorge Fernando, Lucília do Carmo, entre outros mais.


“As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir”


E é com um sorriso enorme, e sincero, que prolongo o fado em mim e sugiro Mariza, nos Jardins da Cordoaria, no próximo dia 28 de Agosto.
Silêncio...deixem os telhados, os jardins e D. Sebastião ouvir quem está para chegar.
Vale a pena, a alma, a dor, a saudade, a vida, a perdição, o choro...da gente da nossa terra...

Inês
13 de Agosto de 2007

Wednesday, August 8, 2007

Pensar positivo, ajuda...respirar, também...

Os dias correm sem parar e as pessoas e as coisas correm com, ao lado e dentro deles.

Parar…muito mais que um verbo, uma atitude que custa a tomar e começa a ser essencial, crucial, nos dias e nas horas de hoje e de amanhã…

Respirar…poucos o sabem fazer, por forma a relaxar e meditar.
Mas, depois de tentar, atrás não querem voltar.
Quem quer melhor viver e experimentar?

Hoje, sugiro que passem numa livraria perto de casa, peçam o livro “Ansiosa-mente”, da Pilar Varela, e se sentem a conversar com ele, como de um amigo se tratasse…não tarda nada estão a trata-lo por tu e a quere-lo bem por perto nas horas boas e más…

A Ansiedade é um mal que se enraizou no mundo em que vivemos…reacção ao stress e a situações traumáticas que vivemos…para alguma pessoas ela é tão natural que se torna difícil decifrá-la e combatê-la…pensar positivo, ajuda…respirar, também….mas, não é tudo…
Não querem mesmo ler o livro?
Sem stress, sem ansiedade.

Inês

Friday, August 3, 2007

Gipsy Feeling


Gipsy Feeling


Perpassam em mim
Memórias presentes
De tempos distantes…
Entrei num túnel de passado
Que me leva até boas sensações…
Uma calmia…
Uma nostalgia…
Uma tristeza alegre…
O grito de uma guitarra
Que era mensagem
Que não entendi.
Pudesse o tempo voltar atrás
Por breves minutos
E eu teria a oportunidade
De subir a um palco negro

Ser Pessoa e Espanca
E beijar aquela guitarra a trinar…
Às vezes, amamos as metáforas das pessoas…
A realidade é difícil de encarar.
Por isso, amamos o sonho na sua vez
E não queremos nunca acordar.
Ouvir esta guitarra
É ir lá atrás
Ao passado
Arrancar os beijos que não dei
O amor que não fiz
A paixão que não vivi.
Ficou tudo em mim
Para serem palavras
Em papiros da imaginação
Bocados de algodão sonhado
Que vou espalhar
Na janela de um livro.
Uma janela larga e bonita
Virada para o mundo
Para que seja menos cruel
E possa beber
Esta sangria de emoções
E ficar bêbedo de expressões
De narizes de palhaço
De sorrisos de girassóis…

Inês