
Rugas de Ternura
Que se engane quem sonhar que as nuvens não sonham
Ou as flores mais experientes do campo não se amam...
A caminho do princípio,
Observo alguns bancos de jardim
E contemplo uma infância tardia
Um olhar inocente carregado de ternura
No meio de rugas que não sobressaiem.
São luas-cheias que imperam
Nos veleiros de duas vidas
Que se cruzaram e amparam...
Caminham juntas, de mãos-dadas...
Almas gémeas de afectos e algumas particularidades
Que transparecem, mas não se designam...
Assim é o amor
Noutra idade que não a minha...
Tranquilo, pleno, sereno, completo...
Que importam as rugas, as dores nos joelhos,
As doenças piores...
Há ternura e amor.
O mar é imenso.
Os sonhos são eternos.
A vida, assim, é inteira.
Para a Teresa e o António,
2 comments:
Colocas muito sentimento.. muito bonito!!! ...mas tenho que ter cuidado ao ler... dá saudade! :)
muito para além da paixão, muito para além do fisico, muito além do tempo, do presente... de tudo... fica e vive o amor, em cada ruga em cada sorriso em cada página virada em conjunto, com companheirismo com sabedoria e sabor, o sabor de saber que tudo o que se sabe, é o que se não sabe, mas o que se sente.
Bonito sentimento o teu por apreciares tal sabor
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