Sunday, July 27, 2008

Inventa-me






Despe a lua
E serei tua
De corpo ausente

Canta às Estrelas
Embala o meu sono
E dá-me a tua mão
Pelo consolo do aconchego
E da liberdade.

Faz-me um favor,
Responde ao clamor do meu coração...

Sou a Sereia
Perdida no mar.
Sou a Deusa por achar
Na imensidão do verbo Amar.

Descobre o meu rosto e me acharás
Depois, me inventarás
Serei o barro que as tuas mãos irão moldar
Com traços singelos, mas definidos.
De barro, passarei a mulher:
A tua criação perfeita.
E a minha reconstrução
Será um desenho teu, mas com vida.

Agora, sou real, outra vez
E, juntos, descobriremos melodias diferentes:
A da troca dos nossos corpos
Numa cama de ferro antiga
A de um beijo molhado
Na emoção orgásmica e ansiosa do desejo,
Um simples murmuro de uma palavra de amor...

Quanto não vale a criação humana:
Transformar...
Criar...

Tudo será nosso
Na noite em que eu sair dos desenhos
Me deitar naquela cama antiga
E tu despires a lua...
Aí, serei tua...e só tua!

3 comments:

Carla Matilde said...

Priminha, numa só palavra: lindo! Até me arrepiei...
Beijinhos
Carla Matilde

Unknown said...

Olá!
Começo a ficar fã da tua escrita. Estás a habituar os teus leitores com textos muito bons!... Continua!
Beijos
Bruno

Unknown said...

Fantástico Né
Uma inspiração!
Parabéns prémio nobel!
Beijos da amiga
Ana