
Tão ligeira que a terra alcanca depressa
E devagar
Paleta de cores de fundo
Adivinham um arco-íris a chegar...
Maria chuva
Maria penina – mistura de menina com pequenina
Abraça e beija a terra
Emana um cheiro próprio e inconfundível
Através da vidraça
Dos budas
E do meu bonsai
Consigo ver as gotinhas de agua que me deixa na janela
Insiste sempre em bater à porta
E relembrar que ha-de voltar
Haja seca ou não
Ela ha-de voltar
Para passear junto ao mar
Visitar as casas e as pessoas de quem gosta
Maria das Pernas compridas é assim
Única
Desvairada e louca
E muito necessária
Por muito que não gostem dela...
“Maria, volta depois do Verão...dá agora lugar ao sol...precisamos aquecer a alma e o corpo...volta no inverno, para os serões alegres da lareira, dos livros, dos amantes e do chocolate quente pela noite dentro...”