
Despe a lua
E serei tua
De corpo ausente
Canta às Estrelas
Embala o meu sono
E dá-me a tua mão
Pelo consolo do aconchego
E da liberdade.
Faz-me um favor,
Responde ao clamor do meu coração...
Sou a Sereia
Perdida no mar.
Sou a Deusa por achar
Na imensidão do verbo Amar.
Descobre o meu rosto e me acharás
Depois, me inventarás
Serei o barro que as tuas mãos irão moldar
Com traços singelos, mas definidos.
De barro, passarei a mulher:
A tua criação perfeita.
E a minha reconstrução
Será um desenho teu, mas com vida.
Agora, sou real, outra vez
E, juntos, descobriremos melodias diferentes:
A da troca dos nossos corpos
Numa cama de ferro antiga
A de um beijo molhado
Na emoção orgásmica e ansiosa do desejo,
Um simples murmuro de uma palavra de amor...
Quanto não vale a criação humana:
Transformar...
Criar...
Tudo será nosso
Na noite em que eu sair dos desenhos
Me deitar naquela cama antiga
E tu despires a lua...
Aí, serei tua...e só tua!